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    Lado a Lado

    O projeto mostra o Festival Internacional de Folclore de Passo Fundo de 2016 de diferentes ângulos. Acompanhando o dia de apresentações do grupo da Colômbia, o dia dos voluntários por trás do festival e o dia da escola EENAV. Vem conferir!

    Colombiana por um dia!

    No dia 15 de agosto foi o dia de acompanhar o grupo da Colômbia

    O festival começou! E o Ballet Folclórico Internacional Sonia Gómez, da Colômbia, veio para o Brasil pela primeira vez para encantar. Nos passos de dança habilidosos, trajes majestosos, precisão nos movimento e com sorrisos estampados no rosto, o grupo consegue arrancar do público olhares de espanto, surpresa e inquietude. A música é quente e não te deixa ficar parado. Dentro do Casarão da Cultura eles deram brilho ao palco e aos olhos de quem assistia as apresentações. Desde os jovens que estava encantados com as cores e o volume dos trajes, o público que estava nas ruas de Passo Fundo e foi surpreendido por apresentações, até os adultos que acompanhava a apresentação da plateia do Casarão da Cultura.

    Ontem, 15 de agosto, tive o privilégio de passar o dia com eles. Conheci Maria José, Santiago, Arley, Camilo, Laura Hermosa, Dayana, Jessica, Diego, Edna, Gabriela, Jeison, Laura, Vivian, Lida, Maria José, Sandra, Jerson e Sônica e os acompanhei dos bastidores até o palco. Encontrei o grupo por volta da uma hora da tarde, em frente ao Caixeiral – local onde os grupos ensaiam e fazem as refeições – e de lá seguimos de ônibus para o Casarão da Cultura. Meu primeiro contato com o grupo foi ali, no ônibus em movimento. Fui apresentada como estudante de “periodismo” que o meu leigo espanhol me permitiu perceber que se tratava da minha faculdade, Jornalismo. As bailarinas menores sorriram e conversaram do início ao fim do caminho até o Parque da Gare. Elas falavam um espanhol ágil, que eu tentava ao máximo entender e acompanhar (nesse momento Jorge – um dos guias do grupo durante o festival – foi fundamental. Ele fazia a tradução).

    Chegamos ao Casarão e a preparação começou a mil, o grupo era o quinto na ordem de apresentações, mas participava da abertura do evento, às duas horas. No camarim, montado atrás da lona de apresentações, eles vestiam as roupas para a apresentação, finalizavam a maquiagem, ensaiavam, colocavam sapatos e conversavam. Os bastidores, a coxia, a preparação que acontece atrás do palco, sempre foram a minha parte favorita dos espetáculos e percebi que o nervosismo não muda independente do país. Só pude desejar-lhes sorte e absorver cada minuto.

    Enquanto o grupo aguardava para entrar no palco e participar do desfile de abertura, fui com Maria José – que não participou da primeira apresentação – e sua mãe, Sandra, para frente do palco. Assistimos o desfile correndo de um lado para o outro do Casarão, para acompanhar tudo. E percebi que não só o jornalismo provoca a vontade de filmar e fotografar tudo o tempo todo, as duas gritavam e animavam o grupo, sem esquecer-se de registrar cada segundo.

    Voltamos para os bastidores e o grupo pode descansar e conversar antes da apresentação. Eles revisaram os passos e Sonia deu as últimas dicas. Quando o grupo subiu ao palco tenho de confessar que fiquei surpresa, em êxtase. A energia que eles colocam na dança e que transmitem ao público é contagiante – estava gravando, mas queria levantar e começar a dançar – eles mostram ao público o orgulho que tem ao representar a Colômbia.

    Assim que a apresentação terminou, por volta das quatro horas da tarde, voltamos ao Caixeiral e passeamos até a sorveteria. Todos riam e conversavam entusiasmados, e pude perceber que a alegria que mostravam no palco estava presente também no dia a dia deles aqui no Brasil. O descanso não durou muito e as cinco e meia já estávamos a postos no cruzamento das ruas Fagundes dos Reis e Morom para o desfile de rua. Junto com outros grupos seguimos por 20 minutos em uma apresentação que pareceu durar horas, tamanha era a intensidade. O público que estava na rua assistindo o desfile, tinha o mesmo brilho nos olhos, que o público do Casarão. Foi quando comecei a perceber que eles provocavam essa sensação em todos, independente da idade.

    O sol já estava se pondo e o meu contato com o grupo cada vez ficava maior, em meio a erros de pronuncia, tanto do espanhol, quanto do português, da parte deles, comecei a entender melhor seu trabalho. Eles já participaram de festivais internacionais nos mais diversos países (República Dominicana, México, Argentina, Estados Unidos, entre outros), mas estar no Brasil era especial.

    Eles relataram o quanto nossas culturas são parecidas. “Aqui as pessoas são alegres, como na Colômbia”, disse Maria José. Representar seu país foi um dos fatores que trouxe o grupo até o Brasil, mas o prestígio do Festival de Folclore de Passo Fundo foi o fator predominante. “É um festival bem localizado, que tem um excelente nível quanto à organização, os bailarinos e países. Queríamos trazer a riqueza artística e folclórica da Colômbia”, comenta a coordenadora do grupo Sonia Gómez.

    Na primeira apresentação no Casarão da Cultura o grupo mostrou danças folclóricas de quatro regiões da Colômbia e principalmente da região de Huila, seu departamento (estado), onde são considerados o melhor grupo de danças folclóricas da região.

    Junto com a noite, chegamos à última apresentação do dia.  Dessa vez o ritmo era a Salsa Calenha. Os dançarinos já estavam cansados, mas sempre com um sorriso no rosto. Chegamos ao Casarão por volta das seis horas da tarde e a correria começou de novo. Voltamos ao camarim e todos começaram a se preparar. As roupas mudaram, tinham menos pano e deixavam os corpos dos bailarinos a mostra, dando sinais que as próximas coreográficas teriam um ar mais “caliente”. Percebi que Sonia  não parou um minuto. Falou com quase todos os bailarinos, conversando sobre os passos e a apresentação.

    A contagem regressiva e o público aplaudindo o grupo anterior indicam que chegou a hora. A terceira e última apresentação do dia parece a mais importante para eles. Os pés em constantes movimentos. O último ensaio dos passos mais complicados. E o olhar atento às indicações de Sonia, são alguns dos sinais.

    Conforme a apresentação vai acontecendo, os passos dando certo e o público entrando em alvoroço com a apresentação, o sorriso fica mais leve e eu noto o quanto eles estão curtindo o espetáculo. No fim da apresentação o grupo dançou ao som de “Mas que nada”, do Jorge Bem Jor e levou o público ao delírio com a união da nossa música e a coreografia colombiana. Foi espetacular.

    Em meio a aplausos e gritos a última apresentação do dia chegou ao fim por volta das nove e meia da noite. Mas o entusiasmo e a euforia logo deram lugar à agilidade, o grupo deveria voltar rápido para o hotel, porque tinha uma viagem marcada para Foz do Iguaçu. Soyla – outra guia do grupo – e Jorge nos apressavam. Já dentro do ônibus tive a oportunidade de parabenizar e agradecer o grupo pela simpatia e pelo acolhimento. Recebi abraços de despedida e uma salva de palmas pelo trabalho.

    Durante as pouco mais de 10 horas em que acompanhei o grupo, provei comidas típicas, dancei os ritmos colombianos, arranhei um espanhol, ensinei um pouco do português, conheci um pouco de cada um, fui contagiada por sua felicidade e recebi até uma bandeira da Colômbia para completar minha maquiagem. Uma experiência impar. Sai do festival querendo que todos tivessem a mesma oportunidade e podendo dizer: fui colombiana por um dia!

    Confira a galeria de fotos:

    Seja um voluntário!

    No dia 18 de agosto acompanhei o dia de trabalho dos voluntários

    O festival continua! Em meio às luzes e as apresentações no palco principal, nos desfiles de rua e nas oficinas é fácil perceber a presença de pontos luminosos vestidos de verde fosforescente. Os voluntários. São eles que também dão vida e fazem o Festival de Folclore de Passo Fundo acontecer. Nessa edição a organização contou com 160 voluntários envolvidos em 18 áreas de atuação, que vão desde a saúde até a alimentação dos grupos e do público. 160 pessoas que dedicaram meses de preparação e treinamento, além dos nove dias oficiais do evento.

    Por volta do meio dia encontrei Vera Márcia Topolski, no clube Caixeiral – o QG dos grupos e dos voluntários. Ela é a coordenadora responsável pelos guias, que acompanham e auxiliam na comunicação dos grupos. Vera é professora em três escolas do município e durante o festival concilia o trabalho nas escolas, com a coordenação. Ela foi guia desde 2000 e nesse ano passou a ser uma das responsáveis por eles.

    Logo que chego ao clube percebo que o trabalho de Vera não para. Em meio ao almoço, os coordenadores conversam e resolvem os problemas de última hora. Na quinta-feira, quando acompanhei o dia dos voluntários, Vera substituiu um dos guias e foi uma das responsáveis pelo grupo da Letônia. Embarcamos no ônibus e seguimos para o Casarão da Cultura. Vera resolve a maioria dos problemas pelo telefone, onde consegue contato com os outros coordenadores e responsáveis. Depois de auxiliar o grupo, chega a hora de conhecer mais sobre o trabalho dos voluntários.

    Encontro Juliane Morasaki Garcia, tradutora, coordenadora de artesanato e coordenadora de treinamentos nessa edição. Ela é a responsável por um trabalho que começa muito antes da abertura no Casarão da Cultura. Fluente em inglês, ela e mais duas pessoas (fluentes em espanhol e francês) são os responsáveis por proporcionar a vinda dos grupos, convidando-os e acompanhando a sua vinda até a cidade. Em uma troca de e-mails constantes, eles explicam e conversam com os grupos para que não fiquem dúvidas e eles possam aproveitar sua vinda à cidade.

    Responsável também pelos treinamentos, Juliane conta que a seleção dos voluntários começou a cerca de quatro meses, em abril. Eles realizaram entrevistas e testes de proficiência de idioma com os candidatos, mas ela ressalta que para ser um voluntário não é obrigatório falar uma segunda língua e no momento da inscrição todos podem manifestar seu interesse em uma determinada área de trabalho dentro do festival.

    Depois da seleção, os treinamentos começaram. E desde o dia 1º de maio não pararam mais. Os voluntários se reuniam aos domingos para ficar a par da estrutura, as regras e normas do festival.

    Juliane ainda me explica que os estandes de artesanato, localizados logo na entrada do Casarão, são uma forma de renda para os grupos dentro do festival. Todos são convidados a trazer o seu artesanato e o lucro é todo deles. Colômbia, México, Peru, Ilha de Páscoa, Bolívia e Uruguai foram alguns dos grupos que trouxeram seu artesanato nessa edição.

    Continuo andando pelo Casarão onde conheço Lourdes, responsável pelo geralzão, nome carinhoso dado à programação completa do festival.  O geralzão reúne todos os grupos que participam do festival, o hotel onde estão hospedados, número de integrantes, shows que os grupos vão participar. Cada voluntário tem um geralzão em mãos para estar a par de toda a programação.

    Lourdes Bortoncello, é uma veterana no festival, trabalha desde 1994,quando aconteceu a segunda edição do evento, na mesma função. E para ela a maior satisfação em ser uma voluntária é a convivência com os grupos e o contato com outras culturas. Marilsa, uma das responsáveis pela confecção das credenciais dos grupos, voluntários e da imprensa, ainda acrescenta que a convivência entre os voluntários a cada ano cria um laço afetivo maior, o que fortalece o grupo e possibilita a realização de um trabalho ainda melhor.

    Iracema Comiran, que trabalha na venda de ingresso, é voluntária desde a primeira edição. Ana Claudia Gradaschi que cuida do artesanato, também. Conforme vou conhecendo mais voluntários, percebo que quanto mais tempo se trabalha no festival, mais tempo se quer trabalhar.  

    Atrás do palco encontro Janaina Cavalheiro, uma das responsáveis pela abertura, a linha de apresentação e o palco, e ela conta sobre seu primeiro festival: “Eu praticamente não me mexia, porque a gente chega muito tímido, é um lugar estranho, línguas e costumes que você não é acostumada, mas a cada edição a emoção só aumenta. Poder conversar com pessoas de todo o mundo e receber o carinho que eles têm quando estão aqui, já faz tudo valer a pena.”. 

    Fabiano Lengler é um dos responsáveis pelo palco e coordenador da oficina de músicos, é o maestro principal do espetáculo proporcionado ao público na apresentação de encerramento. Desde 2006, ele apresenta uma música do folclore gaúcho aos músicos de todos os países, e é ao som dessa música que o Festival de Folclore de Passo Fundo termina. Fabiano comenta sobre essa experiência: “Aqui você aprende com a cultura dos outros povos, é uma coisa que a gente aplica no dia a dia da gente, pra quem trabalha com cultura, como eu que sou músico, o que a gente ta trabalhando aqui é um aprendizado. Conhecer outro tipo de música, de instrumentos, outro jeito de ver a música.”.

    Termino minha visita ao Casarão encontrando Abigail Gradaschi, responsável pelo relatório, que com sua experiência destaca do festival o seu ponto principal. “Desde 1992, eu tive toda a minha família envolvida, meus filhos e hoje eu vejo meus netos por aqui. E as amizades que a gente cultiva desde aquele tempo e as novas que chegam. Essa pouca experiência que se tem aqui, a gente tem a satisfação de passa-la. Acima de tudo são as amizades que ficam.”

    O dia foi regado a depoimentos sinceros e emocionados, de pessoas que trabalham no festival com um sorriso de orelha a orelha. Eles não recebem pagamento em dinheiro, mas são pagos a cada apresentação pelo aplauso do público destinado aos grupos e a eles também. O sucesso do festival é o que alimenta o trabalho dos voluntários e possibilita que a cada edição o público assista a um espetáculo ainda melhor.

    Olhares atentos!

    No dia 19 de agosto acompanhei a escola EENAV

    Está chegando ao fim! O meu último dia dentro do Casarão da Cultura, foi dia de voltar a ser criança. Acompanhei a Escola Estadual de Educação Básica Nicolau de Araújo Vergueiro, o EENAV, na sexta-feira, 19 de agosto, um dia antes do encerramento do festival. Foi impossível não me emocionar. Além de ser o primeiro dia que tive a oportunidade de realmente acompanhar os espetáculos do festival, foi o dia de estar no meio de pequenos espectadores empolgados e com os olhos vidrados no palco central, onde cada giro, cada passo, cada movimento, eram uma nova surpresa. Quando o nome da escola foi chamado pelo apresentador então, não teve quem segurasse o grito para dizer “Ei pessoal, o EENAV está aqui”.

    Encontrei a escola na entrada do Casarão em um dia chuvoso e nublado, daqueles em que só a entrada na lona pode transformar em um dia ensolarado. Os professores distribuíram as entradas e aos poucos a arquibancada destinada à escola estava cheia. Crianças de todas as idades, do primeiro ao nono ano. E se engana quem pensa que só os pequenos estavam empolgados. Foi mágico perceber o quanto o amor pela cultura não tem idade.

    Circulei pela lona e o sentimento de empolgação e alegria era geral, estudantes, famílias, professores e até aqueles espectadores sozinhos, aguardavam o início do espetáculo, fervorosos.  E entre um salgadinho e um churros que o “tio” vendia, as crianças aguardavam ansiosas o início das apresentações, enquanto acompanhavam a cerimônia de abertura.

    E elas começaram. Os olhares da plateia ficaram voltados para o palco, onde jovens aspirantes a dançarinos abriam à tarde de apresentações. A Escola de Educação Infantil Pequeno Anjo e a EEI Bom Pasto, deram o recado: o amor pela dança não tem idade para começar. Os passos imprecisos passaram despercebidos ao olhar do público, tomados pelo carisma das crianças que rodopiavam e dançavam ao som da música gaúcha no palco principal. 

    Passo Fundo voltou a ser representado no pela Cia da Melhor Idade da escola Baillar e o contraponto entre a dança das crianças de 0 a 4 anos e os idosos, mostrou um dos reais motivos do festival, incentivar a cultura em qualquer idade, na nossa cidade.

    Depois das apresentações dos grupos de Passo Fundo, foi à vez de conhecermos às danças e roupas irreverentes do grupo da Ilha de Páscoa (Chile), que foi inclusive o maior vendedor de artesanato do festival. Em ritmo frenético, quase como o nosso samba, eles animaram o público. O casamento caipira foi regado a muita dança pelo grupo de Goiás que se apresentou a seguir, e teve até disputa pelo buquê da noiva na plateia. Não poderiam faltar as roupas exuberantes do Peru, que coloriram o palco. E por último a apresentação marcante do grupo da Bélgica, com as bandeiras que alçavam voo no palco principal e levantaram o Casarão da Cultura.

    Ao fim da tarde de apresentações conversei com alunos e professores, que ainda estavam eufóricos. E a experiência não tinha terminado, os alunos saíram da lona e puderam conhecer mais sobre a cultura dos grupos que viram no palco, nos estandes de artesanato, o que foi uma festa a parte.

    A aluna Maria Carolina da Cunha, estudante do 9º ano da escola EENAV, sempre acompanhou o festival de folclore com a escola e garante: “é sempre um espetáculo muito lindo, são várias músicas, roupas, culturas tão diferentes, mas sempre trazendo para nós uma alegria e admiração imensa.” Para a estudante a melhor parte é conhecer culturas tão diferentes das nossas.

    As atividades do festival de folclore estavam chegando ao fim, mas era impossível não ficar com um gostinho de quero mais. Na saída da lona uma coisa era certa, os estudantes não viam a hora de conferir as apresentações e os países que viriam para o próximo festival.

    Caroline Zotti Chiamente, que também é estudante do 9º ano da escola EENAV, destaca que essa edição do festival contou com diversos países e grupos, mas “todos com uma característica em comum, o carisma pelo nosso país.” E afirma que a cada edição as apresentações conseguem se superar.

    O dia chuvoso desapareceu dentro do Casarão, com o colorido e a diversidade das apresentações. E sai da lona com a certeza de que a grande recompensa para os grupos que se apresentam durante o festival, e para os voluntários que proporcionam que ele acontece, são os olhares dos espectadores, principalmente os mais jovens, que encaram todas as apresentações boquiabertos e entusiasmados. Saio da lona desejando apenas uma coisa: que venha a próxima edição. O festival com toda a certeza agita a cidade.

    Lado a Lado
    1. Colombiana por um dia!
    2. Seja um voluntário!
    3. Olhares atentos!